quarta-feira, 30 de abril de 2008

Conselho de cafajeste

"já senti que ele bloqueia quem comenta os comportamentos dele. simplesmente gelou com a ex-namorada, não gostou quando ela mandou ele fazer análise."
"credo. quanta sensibilidade..."
"eu não estou brincando, tá?"
"sério. vou dar um conselho: peça o cara em namoro, jure e cobre fidelidade, faça um contrato, um pacto de seriedade. tome a iniciativa e veja o que acontece. pare com esse negócio de fazer de conta que não quer, depois cobrar um comportamento responsável."
"mas e se ele abre mão de tudo?"
"se for assim é porque não valia a pena. como eu disse, seja direta, diga que é séria e quer fidelidade, que esse negócio de só ficar não é com você."
"se eu me sinto feia, você me convence que sou bonita. se estou insegura ou deprimida, você me dá uma solução. que bom! vou tentar."
"só fico triste em saber que quando você resolver sua questão afetiva, um dia vou te chamar pra sair, e você vai dizer que não pode, que está namorando, que descobriu o amor, essas coisas. é sempre assim, o cafajeste fica sozinho no final."
"que nada. os cafajestes ficam sempre com as melhores mulheres."

:: 15.04.2003 ::

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O que o c... tem a ver com a cueca


"Número de sutiã é medido pelo tamanho dos peitos, mas número de cueca é medido pelo tamanho da bunda."

Constatação recente, de nossa lavra. De onde tiramos a idéia?

Parece incrível, mas depois de anos comprometido depois de anos de supervisão materna, não lembrávamos de ter comprado -- ali na beira do balcão -- cueca nesta vida. Pois é.

Dia desses, depois de entrar numas lojas erradas, acertamos uma que vendia o produto. Com medo de errar pedimos tamanho M. Chegando em casa, constatamos que a cretina da vendedora colocou na sacola tamanho G. Sim, só percebemos quando a cueca ficou frouxa na bunda. Bom registrar que quando começamos, há uns bons anos, a correr para manter a forma e a saúde nossa bunda encolheu.

Por isso, meninas, na hora de comprar cuecas pro namorado, não se levem pela pujança do "gigante" mas pela largura do fogão.


PS.: Odiamos cueca com aquele corte na frente, coisa inútil e antiestética

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Eu amo Garen Muttin

Coube a mim bater com o candelabro de prata na cabeça da megera. Meu herói e mentor advertiu: não hesite, mire no alvo (leia +)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Luciana Tayanara, garota do fantástico


O Zé e a turma estavam num boteco na beira de uma praia paradisíaca tomando cerveja logo cedo. Apareceu uma doidinha vestindo um biquíni fio dental já meio fora de moda na época, não que o pessoal se importasse, era gostosa a danada. Sob o olhar reprovador da dona da barraca, a Luciana Tayanara (nome artístico, segundo o Zé) começou a mostrar a marquinha do sol, pediu para passarem “filtro solar” (na verdade um hidratante vagabundo) no bum-bum dela, tudo com um sorriso franco que revelou uma “janelinha” bem no dente da frente.

Todo mundo desanimou, menos o Zé, que botou ela no colo e foi alisando. O pessoal dispersou para fumar um baseado e o Zé chamou a louca para andar na areia de mãos dadas. O Miguelito pegou a câmera e foi registrar o romance, já que o casal ia na direção de um canto deserto da praia. Quando percebeu o fotógrafo, ela começou a fazer pose de garota do fantástico, mostrou TUDO. O ensaio foi digno de revista de sacanagem, com direito até a boquete, primeiro no Zé e depois no Miguelito (ela reclamou: "ele não relaxa, a coisa só fica mole!"). A festa acabou quando uma família caminhando se aproximou do local.

De volta ao boteco, uma dúvida existencial tomou os fotógrafos. Antes que comentassem o ocorrido, a “modelo” sentou no colo do Marquinho, e no embalo da marijuana ele começou a ensaiar um beijo na boca. Você acha que o Zé e o Miguelito seriam capazes de deixar o amigo chupar por tabela?

:: 10.07.2003 ::

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Fazia transbordar loucura dos corações sensíveis

Depois de alguns eventos descobri que não tenho mais aquele poder. Impulsos que eu provocava com um simples olhar acabam exigindo esforço extremo. Como o fluxo da água de um rio que mirra riacho inútil. Paralisei festas com um simples decote ou o movimento dos quadris insinuantes. Minha inteligência passional arrebatou as mentes mais brilhantes da época. Nunca fui de um homem para outro, mas de um sentimento para outro. Muito do que consegui devo a essa sinceridade. E se hoje surpreendo pelo exagero das jóias ou pela cor gritante do vestido azul turquesa combinando perfeitamente com os olhos do meu acompanhante jovem e viçoso, saiba que isso é nada mais que um suspiro. Meu fascínio se transformou num coração cheio de pavor.

:: 05.05.2003 ::

terça-feira, 22 de abril de 2008

História curitibana

A história eu sei por uma amiga de trabalho, não é boato. Um cara da sociedade começou a se envolver com uma mulher também de família muito conhecida, recém-separada e com todos os medos e traumas de novos envolvimentos. Separada do primeiro homem e primeiro casamento. O cara se mostrou super atencioso e delicado, mandava flores, freqüentou por sete meses a casa dela. Tratava muitíssimo bem toda a família, um cavalheiro.

Quando ela se sentiu segura, confiante nele, aceitou, depois de um jantar elegante, o primeiro convite de ir para um motel. E nesta primeira vez que foram, na proteção do quarto, ele se tornou agressivo, espancou e estuprou a coitada. Colocaram panos quentes, ninguém deu queixa na polícia para evitar escândalo. Bobagem. Com certeza não sairia na coluna social.

:: 14.08.2003 ::

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Diálogo curtinho e cheio de significados

zé: sexo casual e drogas de diversão
ou drogas casuais e sexo de diversão?

mi: nada de drogas, e sexo para viver são.

zé: careta.

:: 10.04.2008 ::

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Depois da sexta latinha de cerveja às duas da madruga no velório


- por que falam em velar o corpo?

- vai ver é porque atocham uma vela nele.

- melhor ouvir isso do que aparecer na foto da capa da Tribuna com a boca cheia de formiga.

:: 10.04.2008 ::

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Estampa estraga-prazer


Mais uma sensacional participação/contribuição da amiga Cláudia Motta. Poucas vezes o ritmo e a construção da narrativa dizem tanto sobre a autora. Tremendo estilo.

Amândio sempre foi homem de despertar paixões. Disso Maria Júlia tinha certeza, o que ajudava a apaziguar uma certa sensação de impotência quando sentia ressurgir das cinzas do capacho pisoteado seus arroubos de constante demonstração de afeto. Ele podia sumir, escafeder-se por um longo tempo, desfilar diante de seu pobre coração a existência de infinitas outras marias, dizer-lhe por mil viéses que essa história já era coisa passada de tempos, exceto o tesão que, logicamente, é atemporal para homens feito Amândio. Mas nada disso aplacava uma necessidade latente, já alçada várias vezes por nossa personagem à categoria de distúrbio, de manifestar, vez ou outra, um "eu não esqueci de você".

E foi assim que Maria Júlia sucumbiu uma vez mais. Garimpava em um bazar de roupas fashions quando não resistiu às sungas de sempre. Gostava de presentear seu amor com essas pequenas lembranças, como que o incentivando a não perder o fôlego da longa jornada daquele "causo de amor" que tanto lutava para não passar à categoria dos perdidos para sempre. Ele andava sumido, é verdade, mas se não voltasse nunca mais, sempre haveria alguém para presentear com o mimo, nem que fosse a si própria — daria um jeito de tornar aquela peça usável para uma mocinha, fosse necessário.

Passados uns dias, lá veio o Amândio dizendo olá, ressuscitado das tumbas, felizmente, para assombrar o medo de que ele tivesse sumido de vez. "Eu sabia que minha aquisição não tinha sido em vão", pensou Maria Júlia ao se olhar no espelho, enquanto vestia a sunga, colorida em desenhos gráficos. Imaginava-o refestelando-se ao sol em sua "companhia", simbolizada pelo presente. Se não podia estar ao lado de Amândio pessoalmente, ao menos algo dela poderia! Foi naquele fugaz momento de triunfo que viu do grafismo refletido no espelho se revelar um sentido até então oculto.

"Seriam fechaduras?" perguntou-se, como que não acreditando no que via. Definitivamente não. Eram GILETES saltitantes que gritavam da estampa! Tudo que não fazia sentido naquela história. Antes sentir-se uma "maria injúria" pela existência de tantas outras do que passar perto de desdenhar da virilidade de Amândio.

Correu para o banheiro em busca de algum objeto cortante que pudesse dar cabo àquele ridículo. Ao se olhar no espelho novamente percebeu que o acontecido podia ser uma mensagem de que sua intuição se confirmava: para dar cabo de sua obsessão por Amândio seria necessário mesmo um corte de mão-dupla.

terça-feira, 15 de abril de 2008

O culpado

Roubaram meu celular na biblioteca da escola. Uma turma de quinta série estava lá com a professora quando aconteceu. Comuniquei à direção o problema e me disseram que era a turma do Romualdo, um menino negro acima da faixa etária dos demais, que usava roupas "hip-hop" e tinha duas gerações na família que se sustentavam "pegando bonde", que é como eles chamavam os assaltos a ônibus.

Enquanto tentavam localizar meu aparelho, o Romualdo se movimentou pela sala, até que ouvimos o celular tocar sozinho numa mesa do fundo. Soube depois que o Romualdo obrigou o colega que roubou a devolver. Soube também que isto já havia acontecido. Esse menino sabia que seria sempre suspeito, e no fio da navalha se obrigava a cumprir o papel de investigador e provar que a culpa não era dele.

:: 13.03.2007 :: Narrado pela amiga e contadora de histórias Lani

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vitrola

Os olhos da Mariana sempre paravam naquele objeto de decoração obsoleto. Tanto que um dia, numa volta pela Westphalen, consegui achar uma agulha compatível com meu toca-discos. Só pra mostrar pra ela como soa diferente o som do LP. Escolhi um disco a dedo, blues bem agradável e suave do Robert Cray. Quando tirei o bolachão da capa ela me perguntou, com os olhinhos admirados, onde eu tinha arrumado aquele cedezão.

:: 22.03.2007 :: História contada pela amiga Liége

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Fantasma fedorento

Os carnavais de salão eram divertidos e muito bons para conhecer mulher. Tinha trenzinho, dança de braços enlaçados nos quadris e rolavam muitos beijos roubados. Foi num carnaval de cidade do interior que o Zé conheceu a Índia, uma potranca que por onde passava no salão atraía olhares (leia mais)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Frase III


"Somos naturalmente compulsivos. Tá na essência do ser humano."

gustavão de ressaca, hoje cedo, querendo suavizar a "forte lembrança" da aventura elítica [etílica para os não praticantes] de ontem

Brincadeirinha... (continuação da)

Segunda parte do conto da amiga Mirian "A Bruxa" Martin [do caldeirao-da-bruxa.myblog.com.br], agora a coisa ferve. Aguardem, sexta tem continho novo do Zé, com ilustração do Macaco (Monkey Man) e tudo mais.

Os meus seios são aquecidos pelas suas mãos e pelos seus lábios, pela sua língua e pelos seus dentes que os tocam me dando uma sensação de prazer que me faz perceber todo o corpo – todo ele lhe desejando e querendo ser tocado.

Você esquece a minha boca, mas isso pouco importa, porque você passeia por todo o meu corpo, me dando um prazer que me excita, me provoca, me faz desejar um prazer ainda maior.

Experimenta o meu sexo, porque é ali que é a chama que me arde e lhe chama. Mas nem a sua língua que me toca apaga essa chama. Pelo contrário, é o seu movimento que me faz gemer de um prazer doce.

Então, você volta pelo caminho em que veio, experimentando o calor da minha pele, do meu umbigo, até chegar ao meu pescoço, perto do ouvido, para eu escutar que você também quer... também quer este prazer que foi tão meu...

Dou risada. Porque meu homem também gosta de brincar de prazer – dar e receber...

Beijo-lhe o pescoço, mordo sua orelha... Sempre gostei de orelha, de boca. A minha língua passeia pelos seus mamilos e acho graça neste calor que me passa e que lhe passa. O prazer é dois.

Desço até onde o seu prazer é tão evidente. E minha língua passeia também na evidência de que você quer o que eu quero. Paro de repente. Olho, e você vê que eu parei, e por um momento sinto que você falha em respirar – por que parou?

Rio da brincadeira e possuo aquilo que é meu. Dentro da minha boca brinco de amar, num ir e vir que é pura delícia e brincadeira.

É neste momento que você me puxa para si, toma-me como sua, sexo e sexo, amor com amor, posse e posse, numa velocidade que me alucina, tentando imaginar nessa loucura de sensações, como pode? É todo o corpo centrado num ponto. É todo um ponto espalhado pelo corpo.

As suas mãos, em minha cintura, lentamente escorregam para os meus seios, você me beija e deita ao meu lado, de olhos fechados, cansado. Eu viro de lado e vejo novamente o rosto do homem que amo, sua boca.

Já disse que amo a sua boca?

[Do outro lado do monitor ele suspira, sem palavras.]

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Filosofia de boteco enquanto não podemos sair do escritório

Já pensou o que CHARLES BUKOWSKI e SÉRGIO PORTO (o Stanislaw Ponte Preta) fariam se tivessem, lá na época deles, a possibilidade de publicar que esses blogs proporcionam, com toda facilidade e liberdade? Ia bombar tia Zulmira e Hank pra todo lado. Ia ser uma orgia!
gustavo martins Gustavo Martins Luiz Gustavo Martins gustavo martins blog gustavão

Brincadeirinha...

Hoje e amanhã, daremos um tempo para o Zé e para as pessoas alteradas e publicaremos em duas partes um conto da amiga Mirian "A Bruxa" Martin [do caldeirao-da-bruxa.myblog.com.br], colaboração mais do que bem recebida. A doçura da narrativa dela (sensorial, feminina e cheia de reticências) contrasta bastante com a nossa. Bom remédio para acalmar os ânimos, viu, meninas?
- O que você mais gosta em mim? – perguntou ele, com olhar de quem via além do olhar.
- Hum... Sua boca. – respondeu ela, quase ingenuamente.
- Por que a boca? Por que sempre a boca? – pego de surpresa pela resposta. Realmente não era isso que ele queria.
- Porque é o que sempre vejo. – respondeu ela, com olhar de riso – Eu só vejo o seu rosto!
Ele torce a boca.
- Mas eu imagino o resto... – completou ela, com o olhar de riso passando a malicioso.
Ele enxergou e se animou.
- E como é sua imaginação? – arriscou ele.
- Ah... Mas na minha imaginação eu não vejo só você... – provocou ela.
Ele arregala os olhos, mais surpreendido, sem entender a malícia.
- Vejo eu e você... – esclarece, lentamente, os olhos, sempre os olhos, dando o tom da conversa.
Ele respira fundo, aliviado, esperando. Sempre podia esperar de tudo. Nunca saberia o que viria.
- Eu vejo você me beijando... – começa ela – Não um beijo qualquer, não um beijo delicado, mas um beijo de posse.
- Posse? – estranhou – Beijo de posse?
- É o beijo em que não se pergunta se quer ou se está na hora. É o beijo que se quer dar. Sem perguntas. Que me pega de surpresa. Um beijo seco e de quem quer muito mais que um beijo...

Neste momento, eu sei, já sou sua, como se um clic dentro de mim tivesse desligado todas as minhas defesas, porque na verdade, eu esperava e desejava isso.

Todos os meus gestos se tornam supérfluos, e na verdade nem os percebo, porque o que sinto é o seu corpo junto ao meu – quente, ardente, desejo que me faz desejar, pudor que se desfaz em insensatez... aliás, para que ser sensato nessas horas?

(continua...)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Nem tão doce

Depois de uns meses procurando ácido, o Zé começou a achar que aquilo era lenda urbana. Até que foi indicado ao cara por um amigo. Encontrou o figura num barzinho desses da moda, e foram para um apartamento. Depois de acertar, o cara fez questão de colocar o doce na boca do Zé (leia +)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cigana mendiga

Peguei minha comanda do bar e levei para a outra sala, pra deixar pendurada perto do caixa enquanto eu estivesse fora. Se ficasse na mesa meus amigos marcariam todas as cervejas na minha. Tinha uma cigana meio mendiga do lado do caixa e quando ela me viu deixando a comanda pediu com certa arrogância (leia +)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Liberdade

Esses dias ele veio com uma história de querer liberdade. Eu disse tudo bem, e olha só, você terá liberdade também para lavar suas roupas, fazer sua comida e (leia mais)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Elza 2

Frase impagável do grande amigo Vitor, cometida depois de ler nosso MPC Elza (tá logo aí embaixo). Não dá pra deixar de publicar uma pérola dessas:

"Ouvi dizer que melhor do que cabritinha, só nariz de vaca."



quarta-feira, 2 de abril de 2008

Acidente de percurso

A Juliana foi a única mulher que o Zé amou de verdade. Ele teve uma filha com ela e uns dois anos depois foi morar com as duas. Foi um pai e marido carinhoso. Não que tenha perdido seus pequenos vícios, naquela época, o de sair com prostitutas (leia mais)