sexta-feira, 27 de junho de 2008

Meu primeiro surto patriótico

Não sei como é hoje, mas quando eu estava no Colégio Zacarias (chamavam de primário na época) na sexta-feira tinha aquela sessão de enfileirar todo mundo no pátio, e dá-lhe cantar “ouviram do ipiranga” enquanto um escolhido hasteava a bandeira nacional.

Foi num dia como esse que a Paula, uma das mais bonitas da escola, usou sutiã pela primeira vez (leia mais)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Tudo começou no MSN

Auto-explicável. Só não sabemos se é fake (alguém muito criativo forjou o diálogo) ou se é um produto do "insustentável nonsense do mundo virtual".
Contribuição impagável do Vitor Hugo

terça-feira, 24 de junho de 2008

Carolzinha Sex

O continho de hoje é da fotógrafa Lu Campos (um quase pseudônimo). A foto ela capturou não sabemos de que banco de imagens, mas é a cara da Carolzinha, né? O legal é que a Lu escreve com os olhos, vocês vão perceber. E com uma pontuação bem divertida. Apreciem. E Lu, queremos mais contribuições, inclusive fotográficas!!!

Carol era mesmo uma menina fogosa, mas ao olhar pra ela ninguém dava nada. Sabe mulher pequena, de quadril estreito e peitinho de menina? Mas quando a Carol queria, meu amigo, sai de baixo. Ela montava cavalo como ninguém. Papai-mamãe com a Carol? Não dava não! Pra ela bom mesmo era sexo selvagem!

No dia em que conheci a Carol eu tinha saído com uma turma nada a ver, assistir a um jogo do Brasil na Copa do Mundo. Só que sei tava todo mundo doido, só eu, um dogue alemão e ela estávamos de cara limpa naquela sala. Eu pensei em puxar papo, já achando que minha noite ia ser uma merda, imagine, a guria tinha cara de nerd e o dogue alemão, putz, sem comentários, não sou chegado em cachorro.

Pois a tal Carolzinha era completamente doida. Eu mal falei oi e quando vi lá estava ela me olhando com aquela cara de mulher pegando fogo. Ela passou por cima do cara que estava do meu lado e foi direto com a mão na minha calça, pegando meu pau, eu nem pensei, enquanto beijava aquela boca melada ela ia tentando arrancar minha camiseta, se esfregava e sentava no meu colo. Entre malhos alucinantes eu ouvia e via o povo ao redor só em flashes irreais. Parecia filme do Tarantino. Ela estava de mini-saia e tirou de lado a calcinha, aproveitei para meter.Transamos gostoso com ela por cima, depois de ladinho, e a alucinada ainda deitou a cabeça no meu colo e fez um boquete pra finalizar. Loucura completa.

E o povo? Não viu nada! Às vezes até eu me pergunto se foi real. Carolzinha, que saudade...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

30 dias

Ela levantou no horário de costume e foi fazer o café forte, mas antes marcou mais um dia no calendário pendurado ao lado da geladeira. Gesto simbólico para ele notar sempre que ali passasse os olhos.

Tiveram a conversa séria antes do natal, mas só depois do carnaval o marido aceitou a falência da relação e se comprometeu a sair de casa em um mês. (leia mais)

sábado, 21 de junho de 2008

Mulher de cueca

Eu e o Zé conhecemos as duas num desses finais de semana prolongados na praia. Não recordo os nomes agora, mas lembro dos apelidos que demos pra elas: Orelhudinha (motivos óbvios) e Dorminhoca (numa inversão de conceito, porque toda vez que ficava com ela, EU acabava dormindo).

De resto, o mesmo de sempre, saíamos para os botecos da praia, tomávamos algumas, amassos onde era possível... e um dia de noite as coisas esquentaram entre o Zé e a Orelhudinha, e como eu estava de carro, foram pra praia "andar", até que entraram no quintal de uma casa vazia — naquela região os quintais é que dão direto para o mar, sem rua. Beijos e bolinações, lua trincando no céu, a Orelhudinha — por sinal muito boa de corpo — virou de costas, colocou as mãos no muro e mandou pro Zé um olhar "me possua". Enquanto isso, eu dormindo no carro.

O Zé se animou e tirou a bermudinha dela. Uau! Estava de samba-canção por baixo. Percebendo a surpresa, ela explicou que era moda, que a cueca era do irmão. O Zé deu de ombros e continuou a função. Baixada a cueca (a dela), aí sim, uma tanga minúscula. Só que o Zé tinha tomado todas, e não sabe se porque estava passado, ou se pela lembrança da cueca, nem a bundinha linda iluminada pela lua foi suficiente pra coisa subir. Broxada clássica. E não teve "isso nunca aconteceu comigo antes" que acalmasse a menina.

E se pensa que essa é a parte triste da história, saiba que a Orelhudinha era a maior fofoqueira da praia, e conhecia todo mundo. Por uns bons anos o Zé ficou sem pescaria naquelas bandas.

:: 06.03.2008 ::

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Meu destino numa putaquepariu

Todo dia duas três horas, seis dias por semana, o ano todo sem folga, apertado neste latão. Rodeado de rostos vazios sem expressão nem significado, de quem morreu faz tempo e não foi avisado. Comentários sobre o tempo, sobre a demora, sobre a falta de educação de quem se rebela. Todo dia eu olho para essas alças de putaquepariu e penso num jeito de passar minha cabeça por uma delas, e deixar que a pressão de uma freada mais forte me alivie como deus não faz.

Todo dia a mesma merda, e se a putaquepariu não me libertar, pelo menos vou dar assunto para esses coitados conversarem por uma semana.

16.06.2008 (170) - Foto: Fábio Reoli

segunda-feira, 16 de junho de 2008

5

Meu número preferido é o cinco. Torço pra ele como torço pro São Paulo, não sei por que, e isso vem de longe. Buscando no limbo das lembranças, meus desenhos de carrinhos de quando eu era bem pequeno tinham rodas enormes e sempre um cincão desenhado na porta. Depois disso veio o Match 5 do Speed Racer, que só veio acentuar essa minha afeição. Interessante é que até já desisti de apostar no cinco, porque é meu preferido, mas não é meu número da sorte.

:: 22.12.2005 ::

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Santinho do bolo


Não é à tôa que o bolo pesa mais de três toneladas. As casadoiras e encalhadas de Curitiba vão lá na (leia mais)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Dialogozinho prepotente à sombra da peneira que tapa o sol

- Não entendo por que você se abalou de lá até aqui, e depois não aconteceu nada.
- Você mesma me disse, eu esperava uma pantera sedutora e encontrei uma gatinha romântica.
- Então se prepare, que na próxima vou mostrar meu lado obscuro.
- (...)
- Mas fica ligado que mecânico tem que saber mexer em qualquer tipo de motor, hein?
- Eu sou piloto, bela.


:: 11.06.2008 ::

terça-feira, 10 de junho de 2008

Moidinho no suco

Trícia dava suas saidinhas. Justificava que era por vingança, pois percebeu que o Maurício andava saracoteando pro lado da recepcionista do escritório. (leia mais)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

100 velas na beira do rio

Adoro aquela sensação de perigo que me cerca toda vez que telefono para você. É uma traiçãozinha gostosa e sem muita culpa. Hoje estou aqui, tenho o dia todo até meu marido chegar, estou ativada por anti-depressivos de diversão, mas você está dormindo.

Num momento de loucura pensei em te acordar, fazer um feitiço, mas que porra! Por que todos os feitiços são assim tão complicados? Como vou acender 100 velas numa pedra na beira do rio com todo esse vento?

Há dias anunciam uma festa na cidade, até lá todos se fecham misteriosamente em suas casas e deixam as luzes acesas. Proteção contra espíritos maus. Sim, demônios. Daí penso em você para variar, e como vento com chuva de granizo, sua ausência me dilacera de vontade de beijar e tocar. Tento ser racional, mas piora. Pra quê viver paralisada com um só homem, na estabilidade monótona do casamento? Quero enfeitiçar você, e deixar de abanar o rabo toda vez que você passa.

:: 14.08.2003 ::

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Robervaldo e o Passeio Público

O Daniel Trein é um grande amigo. Uma de suas virtudes é que fala pouco, e por isso ouve muito. E enxerga muito. Dessa acuidade visual tirou o talento pras fotos e para a produção gráfica, suas profissões. E da convivência no mercado publicitário saíram algumas histórias, que poderiam acontecer em qualquer ambiente, mas como gostamos de esculhambar o mercado publicitário, é nelas que ele as preferiu inseridas. Esta é a primeira delas.

O Robervaldo era atendimento júnior na agência de propaganda em que a gente trabalhava. Era júnior só na função, porque já tinha um bom tempo na estrada da vida. Era comum o pessoal da criação em momentos de entressafra de jobs (olha, os jargões publicitários você pesquisa no Google, tá?) ficar jogando conversa fora. Naquele dia estávamos contando vantagem sobre mulher (coisa que homem não faz). O Robervaldo tinha mania de chegar sem ser convidado e contar as dele. Esta é uma delas.
Quando eu era solteiro e estava na secura ia pro Passeio Publico para tentar achar alguma diversão. Não rolou nada com as mocinhas que trabalham “em casa de família”, peguei então uma das primas que estavam de serviço por lá, era “gatinha” (imagine só...), fomos lá pro quartinho e fizemos o que tinha que fazer. Quando terminei comecei a procurar um banheiro, mas o quarto tinha só a cama e mais nada.
- Ué, cadê o chuveiro?


Ela deu de ombros.
- Só lá embaixo.
- Daqui você vai pra lida novamente? (sensível, esse Robervaldo)
- Lógico, benzinho!
- Tá, e onde você se lava, querida?


Ela saiu da cama e pegou um peniquinho que tinha ali embaixo, ficou de cócoras em cima e começou a agitar a água que estava dentro — tcheco, tcheco, tcheco, tcheco, tcheco, tcheco, tcheco (ah, então é daí que vem o banho theco! então não é de um costume do país escandinavo...) — olhou sorrindo para o Robervaldo e falou:
- Lavou tá novo, bem!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Frase V


Sexo anal é a virgindade moderna


Desconhecemos a autoria e, sim, a frase se refere a relações heterossexuais. Quanto à foto, você está certo quando pensou que não tem nada a ver com o tema. Mas foi um amigo nosso que clicou, e achamos a imagem tão sujestiva que merecia ser publicada. Fica como adendo estético às frases de hoje


Frase IV


Você é feia, mas é de graça.


Do mestre Dalton Trevisan; sim, tem coisas que só se vê/ouve em Curitiba

domingo, 1 de junho de 2008

Sofre feito filhadaputa

Somos criaturas de sangue. Somos sim, feitos de sangue, sebo, baba, palavra, suór. Falam de sentimentos, mas tem também catarro, xulé, cecê, ranho, unha encravada, aprendizado, somos mais que isso de sentimento. Dizem que tem alma, mas o que a gente vê é merda, mijo, porra, gosma, lubrificação, podridão, febre, óvulos, dor. Falam de razão, mas a gente vê cuspe, mentira, vômito, beijo, smegma, badalhoca, fedor, perfume, espasmo. Só permitem alegria, tristeza, sonho, mas a gente se fode mais, com saudade, vergonha, raiva, cãibra, derrota, nojo, sofrimento, erro, bafo, desespero, cera do ouvido, ilusão, promessa, enfarto. Amanhã tem consolo sim, mas tem medo, agonia, sabor, cobrança, ceroto, escamação, câncer, corrimento, necessidade, carência, ramela, aids, sangue jorrado, chupado, tem a magia enganada do amor.

:: 01.06.2008 ::