segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Theater home

Esse é o super conto do Victor, amigaço e figurinha carimbada aqui no MCP, que íamos publicar bem no dia em que apareceu na imprensa esta pérola. O Victor sempre se supera quando incorpora o Zé. O título, de nossa autoria, é um tremendo de um trocadalho-do-carilho.

O Zé tinha pegado a Princesinha da faculdade mas não pôde finalizar, ela explicou: "Estou naqueles dias". Voltou para a república a pé, fez amor gostoso, lavou a mão e foi dormir.

No dia seguinte foi o maior love no intervalo da aula. Ele virou celebridade, os amigos queriam saber detalhes como o modelo da calcinha e o design do "cabelo". O Zé só pensava em resolver a situação. A grana, pra variar, estava curta, e na república a macacada não daria sossego, seria queimada de filme na certa.

Lendo a Gazeta encontrada no lixo do vizinho veio uma solução: "Aluga-se ap central mob. só morar f. xxxx-xxxx".

Marcou de assistir um filme com a Princesinha no domingo de tarde, assim dava tempo de sarar da ressaca de sábado. Antes já tinha ligado para o telefone do anúncio, dito que estava interessado mas que estudava e trabalhava e precisaria passar uma tarde no imóvel antes de fechar contrato, e que isso só poderia ser no domingo. O arrendatário, comovido com o rapaz esforçado, passou o endereço e deixou a chave na portaria. Disse para ele se sentir em casa. Isso era mole para o Zé.

A Princesinha chegou de ônibus na canaleta do expresso próxima. Ela estava linda aquele dia. O Zé pediu a chave ao porteiro, que sonolento não comentou nada. No elevador nosso amigo chegou firme mesmo, pois tinham que entrar no apê em ponto de bala (vai que não tivesse DVD). E esse foi o começo de uma longa busca por apartamentos mobiliados em Curitiba.

33 comentários:

Vanessa Gonçalves disse...

hahahahahaha... muito bommm! por isso tenho amigos que fazem mais de 3 anos que tão procurando apartamento para morar?!

Sobre o EBC: "Sim, você quer?!"

Altavolt disse...

O Zé se deu bem!

Poisongirl disse...

Essa estratégia é nova pra mim.
O Zé não é mole , mesmo!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkk

E eu que fiquei uma semana procurando ap mobiliado em BH nunca tive essa brilhante idéia! Aos domingos! kkkkk Corretor não fica na cola.

Muito bom!

beijinhos

Danielle Lima disse...

Caramba! Tomara que essa idéia não se propague por aí! Pq senão nunca mais irei ao motel! Ha ha ha!

Anônimo disse...

Esse esquema rolava solto na minha época de faculdade. Mas, como os moçoilos geralmente alugavam mesmo os tais cafofos, mas acabavam dividindo com outros 2 ou 3 'Zés', duro mesmo era convencer as princesinhas a conferir o conforto do local...

Bem Resolvida disse...

hahaha eu já fiz isso!!!
já fui ver anúncio de ap pra alugar bem acompanhada e testei sala, banheiro e cozinha!!
hahahahahah

Daniel Salles disse...

Confesso que já usei essa técnica...motel caro, época de estudante, tudo combina para fortalecer a imaginação fértil!!

Muito bom!

Gustavo Martins disse...

kf - estamos voyeurizando

alta - isso é raro meu amigo; mas perceba a inventividade necessária

poison / dani lima - e a vantagem é que dá pra usar e nem precisa pagar royalties; o rapaz deu de graça pra gente

mas tem que contar como foi depois!!!!

sra. mirian - mas já pensou COMO os corretores fazem isso nas casas vazias dos clientes?

fla - aí volta o problema da república

bem resolvida - acho que vc já esbarrou com o zé por aí e esquece de contar pra gente

Gustavo Martins disse...

fidel - pô, partindo do princípio que o victor (o escritor) é seu melhor amigo, acho que temos "um zé" finalmente revelado

Altavolt disse...

É Gustavão, nós os Zés, precisamos ser criativos para conseguir alguma emoção. Certa vez, durante um reveillon, levei uma menina para o apartamento de uma vizinha, ao lado do nosso, que havia deixado a chave com a minha mãe. Já imaginou a tensão, né? Zé sob tensão! Os fogos espocando, eu tentando me concentrar, morrendo de medo dos vizinhos aparecerem, rs. Abração.

Flávia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Pq diabos eu nunca pensei nisso?!?! hehe
hauhauah

Ana Britto disse...

Bom pelo menos a vida do Zé não tem rotina sexual, Mas as princesas mudam de acordo com os apartamentos? ou é a mesma? Pena para os donos de moteis e locatários, se essa moda péga eles irão a falência. Ixi Zé pelo jeito, depois dessa sua identidade foi descoberta, se não eu sugiro que apostem, rsrsrsr

Gustavo Martins disse...

Ninguém se arrisca a desvendar o trocadilho do título?

Altavolt disse...

Gustavão, o trocadalho do carilho porventura faz menção a um lar teatral, ou seja, de fachada? Abraço.

Anônimo disse...

Porque ele fingia que a casa era dele? Acho que não... esta seria muito óbvia.

Anônimo disse...

Pelo menos eu chutei a mesma coisa que o Altamir!

Índia Jurema Preta, Bicho véio, Filosofo Fabriciano disse...

Pô Gustavão, o título ficou ótimo. Se a cortina estivesse aberta poderia ser: "Cinema em casa". O que acha? hehehhe


Obrigado por publicar, nos motiva a continuar pesquisando. hehhe

Abraço

Daniel Salles disse...

Po, não sou eu o Zé não...pelo menos não que eu saiba...hahaha!

Mas gostei mesmo do duplo sentido: o Zé na real estava procurando os apês pra economizar no motel...ou estava juntando os trapos com a gata??

Sutil! Ficou bom mesmo!
Abraços!

Gustavo Martins disse...

Amanhã, bem cedo, grandes revelações aqui nos comments.

Adrielly Soares disse...

Adorooooooo as histórias do Zé.
ahahhahahaha
Super divertidas.
Um beijo Parabéns.
x)

Anônimo disse...

Muito bom, amei!
Seus textos são ótimos!!

Taynar disse...

Olha, com certeza, o Zé é um dos meus personagens favoritos.
Que Deus o guarde em seu infinito desencontro!
Beijos, moço

Camilla disse...

Cara, eu adoro o Zé...
Me divirto horrores com ele haha

Beijos

Índia Jurema Preta, Bicho véio, Filosofo Fabriciano disse...

Pô, o Lumbriga (Daniel - Macumba Forte) colocou o conto por um ponto de vista que jamais tinha considerado. Muito interessante ver como outras pessoas entendem aquilo que escrevemos.

Agora, o Zé, neste conto, não é o Lumbriga não.

Abraço,
Victor

Gustavo Martins disse...

alta - vale a pena conhecer um detalhe histórico do que a turma do Zé fazia, lá nas antigas, antes dessa idéia engenhosa do apê para alugar; lembra a sua; ouvimos falar que o stress até ajudava no TZ

ouvimos dizer tb que era comum a menina dizer: "mas aqui não é a casa do..."

uma alternativa era vendar os olhos da moça, a título de fazer surpresa

flavinha - vamos ver se o fidel se defende agora

jils - essa inocência nos fez lembrar daquela vez em que vc disse que nunca tinha ido em motel; agora, namorando...

ana - é possível que desta vez a identidade de UM zé tenha sido descoberta

alta/maria - mataram a pau no tracadalho, e simultaneamente

victor - suas pesquisas são valiosas!!! esperamos ansiosamente por mais episódios; e/ou pelo seu blog

e não duvidamos nada se já não tem site comercial na rede vendendo só esses filminhos feitos através de cortinas abertas...

fidel - não que vc seja "O" zé, mas que tenha sido "UM" zé; e juntar trapos nada, aquilo estava mais para troca de óleo

adrielly / taynar / camilla - o zé também ama vcs

lilian - seja bem-vinda

Gustavo Martins disse...

victor - explica, pois não entendemos o ponto de vista

e... elucidado não se tratar do lumbriga (que disse lá em cima que já tinha feito coisa parecida), quem seria o autor da façanha?

Fátima disse...

hahahaha

muito bom.

Quando se incorporam o Zé as pessoas ficam criativas.
Mas pow, nem em épocas de vacas magras eu pensaria numa coisa dessas.

***

Não entendi o : "tem que ter coragem DEMAIS para fazer isso".
Explica.

Beijos

Nem Li disse...

HAUiAHuiaHiuAH

Acho que vou virar adepto.
Vou procurar apartamentos todos os finais de semana!
AHuaIhaUI

Alessandra Castro disse...

Tenho quase certeza que uma idéia assim soh poderia ter nascido no Brasil mesmo.

Gustavo Martins disse...

Ninguém reparou que colocamos "figurinha carimbada" quando o certo é Tarimbada

Eita, quantas chances vcs perdem de tirar uma com o blogueiro...

Téia disse...

Típico conto perverso de universitário que mora longe da família, sem um tostão furado no bolso, mas que, por alguma ironia do destino, caiu nas graças da gostosinha da turma. Conheci vários Zés na minha época... alguns até mereceram mais do que trinta minutos da minha atenção. Pela ótica do autor, o Zé é um herói. Mas não pense que as menininhas não o manjavam... não eram só os garotos que queriam transar, não.