quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Relatos de um veraneio praiano II

Não que a Roberta fosse só bonita, ela era LINDA em toda vulnerabilidade dos seus 16 anos. Pedrão, o namorado, tinha os mesmos 19 que a maioria do pessoal da turma, e era um conhecido que a gente encontrava na praia.

Era fim de tarde, eu papeava com meu tio do interior de São Paulo na frente de casa quando aparece o Pedrão com a Roberta, dizendo que ela estava a fim de sair à noite e perguntando se eu não poderia FAZER O FAVOR de levar, pois ele estava com uma indisposição gastrintestinal. Óbvio que eu disse sim (releia o começo) e combinamos a hora em que eu pegaria a sereia, enquanto meu tio dava cabeçadas na porta de entrada, incrédulo com o que tinha acabado de presenciar.

Não vou entrar no mérito do que aconteceu na noite, pois cavalheiro não conta vantagem, mas o problema é que ela gostou, queria mais e resolveu que ia confessar tudo para o Pedrão — o detalhe é que o "ão" não era de graça, o rapaz passava de um e noventa. O instinto de sobrevivência falou mais alto e passei o resto da temporada evitando o casal.

:: 27.12.2010 ::

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Relatos de um veraneio praiano I

Seguiam languidamente pela beira-mar duas jovens senhoras, com suas peles branquinhas, chapeuzinhos coloridos e biquínis enterrados até o útero, enquanto eu caminhava logo atrás admirando a paisagem generosamente bem proporcionada. Então elas pararam, se entreolharam, ajeitaram as respectivas tangas a uma posição mais "maternal" e adentraram à ruela que às conduziria a suas casas de veraneio.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pequeno conto de natal (ou Curitiba e suas intrigas de shopping center)

Homem comum, trabalhador e bem remunerado, disse pra esposa que sairia do trabalho no fim da tarde para comprar os presentes de natal. Acabou num snooker barato com os amigos (ficou sem almoço para fazer apressadamente as compras), tomou mais que devia e no caminho de casa resolveu "pegar" um travesti na Praça do Atlético "para dar uma variada". O traveco, mancomunado com uns bandidos, armou uma cilada para o coitado. Levaram-lhe o carro com todos os presentes no porta-malas. Por sorte, no dia, a polícia estava de vigília e uma viatura interceptou e prendeu os criminosos. Para prevalecer a versão da vítima — de que tinha sido assaltado pelos marginais e depois estes é que pegaram o travesti — os "oficiais" confiscaram os presentes e o taco de sinuca profissional do executivo. E o carro, luxuoso seminovo, ficou com três buracos de bala. Na festa de natal, ele foi o herói da garotada.

:: 21.12.2010 ::

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um mau mentiroso não é só aquele que conta uma mentira mal, mas também aquele que conta uma má mentira

Ou uma bela historieta puxada pela memória

Tá bom, tá bom. Eu operei a fimose com uns 14 anos. Mas todo mundo sabe que naquela idade a molecada conta a maior vantagem sobre uma supostamente não fantasiosa vida sexual. Então, se eu contasse pros amigos que tinha operado a fimose, como ia justificar a balela de que já tinha perdido a virgindade umas três vezes? [Atenção: tem todo um nonsense neste ponto, ok?]

Acontece que nas férias, uns três meses depois da cirurgia, viajamos a molecada numa excursão, e um dia na volta do banho um curioso (bem aquele com quem mais competíamos no relato de balelas sexuais) olhou e disse: cadê seus pentelhos?

Foi aí eu tive a ideia de jerico de inventar que havia descolorido os pentelhos com água oxigenada, e que meu pai tinha reparado e me mandado tosar aquela barbaridade. Então o camarada acreditou, ou fez que acreditou, porque se eu confessasse que era cabaço ainda, aí ele ia ter que confessar também.

:: 16.12.2010 ::

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Amizade em preto-e-branco

Ela falou que se for pra eu ficar com outras (DE ONDE ELA TIRA ISSO?), que ela prefere ser só minha amiga. E amizade sem privilégios. E que ela não me quer só pra ME-TER, mas que quer casar comigo.

Pois serei só amigo. E nada de amizade colorida. Ela que quis, certo?

Então ela dormiu lá em casa, mas só aquele negócio de dormir abraçadinho, sem sexo.

:: 09.12.2010 ::

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Natal está aí - Dicas para encher o saco do Papai Noel

Tem gente que ainda fica perdendo tempo se angustiando na dúvida do que comprar de presente no Natal. Quer agradar e impressionar? Distribua exemplares e exemplares do livro MiniContos Perversos & Outras Licenciosidades. Dê pro amigo secreto, pra namorada, pro amante, pra toda a família, pro chefe e também para... VOCÊ!!!

E atenção que tem novidades na parte comercial do MCP. Olhe ali na barra direita. São duas opções do livro para você presentear -- agora, só direto nas lojas virtuais das editoras:

Pocket - Prático e mais baratinho. É basicamente a mesma coletânea de contos da 1ª edição, com 3 contos (mais perversos) a menos e 4 contos (originais) a mais. PROMOÇÃO: frete gratuito até 24/dez. Também está a venda em checkouts de supermercados, bancas e livrarias no Sul do País e no interior de SP.

14 x 21 cm, o original - Encadernação top e conteúdo mais perverso. Perfeito para quem prefere impressionar.

Tá esperando o quê? O Natal passar? Dá um descanso pro velhinho, porra!

Imagem - fonte demeur.blogspot.com

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vicinho

Todo dia
Quando eu entrava ou saía
A vizinha me sorria

Todo dia
Quando saía ou entrava
Ela me olhava

Desconfio
Que a vizinha
Quer ser minha

Ou dá trela
Porque me quer
Para ela

Acontece
Que a vizinha
Já tem dono
Safadinha

:: 07.12.2010 ::

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MCPmate - Casssiana

Nada melhor, em época de poucas palavras.