sexta-feira, 25 de maio de 2012

Urbana a brejeira em 150 metros e umas caipirinhas

Corre. Mas corre bem rápido que vou alcançar.
Mas eu tô lesada... Você me deu caipirinha, e feijoada eu não resisto!
Se você chegar no mato antes de mim eu perdoo. Mas corre!
Tem sol forte, vou ficar suada. Não quero ficar suada.
Suada e molhada é melhor, desliza mais fácil. Te dou vantagem. Chega no mato antes de mim que você tá salva. Mas corre muito que se eu alcançar te faço na grama.

* * *

Ela correu o que podia mas ele alcançou. Fez tudo que era proibido, ainda parou algumas vezes para fotografar. Acabou, levantou e deixou-a refestelada na grama alta. Quando fechava a porta do carro ela chegou esbaforida. Correu muito mais pra não perder a carona do que antes.

:: 22.05.2012 :: Homenagem ao premiado D. Trevis

terça-feira, 22 de maio de 2012

Palestra "Blog x livro" no workshop "Ler, escrever e editar"- Sábado, 26 de maio em Curitiba

Pessoal: nossa palestra (do MCP) é às 10h50, mas o evento como um todo será bem legal. Uma ótima experiência pro pessoal de Curitiba e região. Encontramos vocês no Solar do Rosário sábado de manhã.

Para ver a imagem ampliada: 1) clique com o botão esquerdo do mouse em cima dela; ela vai aparecer destacada no meio da página; 2) clique com o botão direito do mouse e selecione "Exibir imagem"; 3) clique com a "lupa" em cima da imagem.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Procura-se

Uma leitora assídua, ciente da não reconhecida audiência deste puteiro blog, pediu que publicássemos o anúncio abaixo. Ela está realmente à procura. Só atendemos por se tratar de leitora fiel, pois o MCP não é classifisex. Interessados (ou interessadas: não custa tentar) devem se candidatar nos comentários.

Procura-se amante virtual que fique online o maior tempo possível. Que mostre o instrumento de trabalho somente se for solicitado. Discreto. Que saiba conversar diversos assuntos. Necessário ser um amante à moda antiga, que mesmo à distância seja gentil e criativo, paciente e divertido, sabendo mentir o suficiente para ter crédito e fantasioso o bastante para que suas abobrinhas virtuais se perpetuem durante dias na mente da CONTRATANTE. Necessário o envio de mensagens, músicas, fotos e poemas, A escolha será efetuada a partir das declarações convincentes. Os pré-selecionados responderão a um questionário online com perguntas sobre assuntos gerais, relacionamento, anatomia, preferências noturnas. Aquele que fizer o coração e o sininho baterem mais fortes será o escolhido. O CONTRATADO tem que estar ciente de que há possibilidade de viagens, portanto que seja, pelo menos, parcialmente disponível. Fetiches e taras são bem aceitos.

Inscrições nos comentários deste post.

Obs.: A foto "instagrâmica" é ilustrativa. Trata-se de uma bela MCPmate. Mas confere com o material da CONTRATANTE.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Era neném, não tinha talco, mamãe passou açúcar em mim*

Começo dos anos 80. A Vila Pinto era boca quente. Minha mãe era vapor e meu pai, braço direito do patrão e “químico experimental”. Eu lá pelos dez meses, cheio de assaduras — Curitiba não é brincadeira, não dá pra criança andar pelada pela casa, é frio de verdade — e nada de talquinho para proteger minha pele delicada da umidade. Aliás, aquele barraco era puro mofo.

A farmácia mais próxima ficava a três quilômetros. E não é que, na intuição, às vezes eles acertavam as coisas? A mistureba era tanta, que minha mãezinha não viu mal em sapecar aquele pó malhado nas dobrinhas assadas e cheias de brotoejas do bebê. Aparentemente nunca fez mal, e não lembro de ter me tornado uma criança hiperativa. Naquela área não tinha dessas frescuras.

Estudei no colégio Tiradentes e meu uniforme era kichute sem meia e calça azul de listras brancas. Meu hobbie era tacar pedras em vidraças de prédios abandonados. Cresci e mudei a vocação do negócio familiar para panificação — da farinha à farinha. Meu pão bundinha faz sucesso em toda a vila.

:: 03.05.2012 :: *Trecho emblemático de música do soulman brasileiro Wilson Simonal